O Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto, reúne ações de conscientização a respeito de malefícios que o cigarro traz para o organismo, como o agravamento de doenças respiratórias, cardiovasculares e cânceres. Mas o que muita gente não sabe é que ele também gera consequências para coluna vertebral, potencializando doenças já existentes ou complicações pós-operatórias.
Isso ocorre porque as substâncias do cigarro, que são bastante nocivas ao corpo, provocam uma diminuição do diâmetro de vasos sanguíneos. Desse modo, a circulação do sangue acaba sendo prejudicada e atrapalha a cicatrização de procedimentos cirúrgicos, assim como a irrigação dos platôs do disco vertebral, uma estrutura que funciona como amortecedores da coluna.
Estes elementos ainda causam um bloqueio do transporte de nutrientes importantes, responsáveis por evitar o ressecamento e o desgaste das estruturas vertebrais. Assim, diversas doenças degenerativas e quadros dolorosos podem surgir mais facilmente. E quanto antes começar a fumar, maior a chance de o paciente ser afetado por distúrbios nas costas.
Tabagismo influencia no envelhecimento da coluna
As articulações sofrem, a partir dos 35 anos, um envelhecimento natural que facilita o desenvolvimento de problemas. Quando há práticas ruins associadas, os riscos aumentam.
Importante destacar que, junto ao tabagismo, se o indivíduo tiver uma alimentação inadequada, for sedentário e desenvolver obesidade, teremos diversos catalisadores muito potentes para os problemas da coluna.
Abaixo, trago algumas dicas de prevenção que podem ser aplicadas em qualquer fase da vida:
– Para fumantes, reduzir progressivamente a quantidade de cigarros por dia até conseguir zerar por completo;
– Realizar atividade física regularmente, incluindo a musculação duas vezes por semana, o que garante a manutenção da massa muscular que sustenta a estrutura vertebral;
– Manter um peso ideal para estrutura corpórea, uma vez que o sobrepeso sobrecarrega estrutura da coluna e os processos degenerativos;
– Alimentar-se adequadamente, equilibrando água, quantidade de carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, fibras e sais minerais;
– Realizar visitas regulares ao médico, especialmente em caso de dor persistente e sem motivo aparente.
O tratamento para o envelhecimento
Se o distúrbio já apareceu, como uma dor persistente na coluna, é imprescindível buscar por ajuda profissional. O tratamento é feito, inicialmente, de maneira clínica com medicações. Em alguns casos, a fisioterapia também pode ser muito efetiva.
Casos mais complexos, como a hérnia de disco, podem receber a indicação de cirurgias. Entre as técnicas mais comuns está a microdiscectomia, feita de maneira minimamente invasiva.
Na técnica, parte ou todo um disco intervertebral danificado é removido com pequenos cortes, causando o alívio da pressão exercida por ele sobre o nervo encontrado na parte inferior das costas – também conhecido como espinhal.
Normalmente é feita na região lombar, com uma incisão de dois a três centímetros na pele. Sua taxa de sucesso está em torno de 95% e o paciente costuma ser liberado algumas horas após o procedimento, podendo ter alta hospitalar no mesmo dia ou no dia seguinte.