Especialmente atribuída à terceira idade, a osteoporose está realmente relacionada ao processo do envelhecimento do corpo: a partir dos 60 anos, os ossos passam a ter uma perda de minerais – especialmente o cálcio – que provoca o enfraquecimento ósseo e maior vulnerabilidade do esqueleto. Entretanto, os idosos não são os únicos acometidos por ela.
As mulheres são bastante afetadas pelo problema já a partir dos 50 anos, contribuindo expressivamente às estatísticas da doença que já atinge, só no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas. As causas estão relacionadas a fatores hormonais e perda do estrogênio, que se acentua de forma mais acelerada com a chegada da menopausa.
A grande questão é que a osteoporose é responsável por fraturas com mais de 8 milhões de vítimas anuais em todo o mundo, muitas delas com sequelas irreversíveis de mobilidade ou mesmo a morte.
As fraturas de fêmur são as mais frequentes em idosos, ocasionando hospitalização e maiores riscos se não tratada de forma breve. Então, ao detectar casos mais avançados, para evitar complicações na rotina do indivíduo, o tratamento cirúrgico passa a ser uma relevante opção.
Seu tratamento é composto por medicações e suplementos que aumentam a formação óssea, assim como ajudam na absorção dos minerais. De forma complementar, recomenda-se a prática de atividades de fortalecimento da musculatura que ajudam na prevenção das fraturas e quedas. Desta forma, evitamos os casos mais graves que são associados às fraturas.
Os quadros mais severos, principalmente quando o diagnóstico é feito tardiamente, não respondem de maneira efetiva aos medicamentos e exercícios.
Procedimentos cirúrgicos de apoio
Os procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos são os de primeira eleição para pacientes com osteoporose e fratura na coluna vertebral, pois permitem que o tratamento seja realizado até mesmo com o uso de uma agulha.
Em uma das técnicas, conhecida como vertebroplastia, é realizada a injeção de cimento ósseo, por uma agulha específica, dentro de vértebras fraturadas. Esse processo permite que a pessoa consiga voltar a se movimentar, além de somar para o alívio de quadros de dor.
A cifoplastia é um outro método bastante aplicado. Também através de uma agulha, é realizada com um balão de ar que abre espaço no osso para a aplicação de cimento ortopédico, os ajustes das fraturas ou deformidades causadas por elas.
A importância de tratar a osteoporose se dá também pela necessidade de termos uma estrutura óssea o mais saudável possível, a fim de sustentar outros possíveis problemas de coluna que o indivíduo possa desenvolver, especialmente aqueles que requerem cirurgias onde a base óssea será um suporte essencial.
Prevenção da osteoporose passa por cuidados diários
Além de atividades físicas regulares, alimentação equilibrada e rica em cálcio, evitar o tabagismo e o consumo de álcool, as medidas preventivas passam por exames regulares a partir dos 40 anos de idade, especialmente para pessoas de pele branca, caucasiana, com maior predisposição para a doença.
A osteoporose não costuma apresentar sintomas e é facilmente identificada pela densitometria óssea, realizada por captação de imagem do fêmur e da coluna, que permite medir a quantidade de cálcio encontrado por centímetro quadrado. O check-up anual precisa estar em dia para monitorar seu desenvolvimento e, se for o caso, tratá-la precocemente”, finaliza Dr. Elias.