Se informar é o primeiro passo para a evolução do tratamento
Quem já não sofreu com dores nas costas? E quantos não têm problemas recorrentes? Principal sintoma doloroso que leva pessoas aos serviços médicos, as dores de coluna, em sua grande maioria, são facilmente tratadas com medicações e terapias de reabilitação física, como RPG e afins. No entanto, para cerca de 10% dos indivíduos que sofrem de problemas crônicos, a indicação cirúrgica se faz necessária, causando em leigos algumas incertezas sobre seus benefícios e possíveis efeitos colaterais e, consequentemente, adiamentos que podem agravar o quadro.
Para desmitificar os mitos em torno dos procedimentos cirúrgicos da coluna, listei alguns esclarecimentos que podem ajudar os pacientes no questionamento com seus médicos e nas decisões a serem tomadas para a melhora em sua qualidade de vida.
1 – Alterações estruturais da coluna visualizadas em exames de imagem, por si só, já indicam a necessidade de procedimento cirúrgico.
MITO – A coluna sofre alterações degenerativas que acompanham o envelhecimento do corpo. Pessoas acima de 40 anos, normalmente, já apresentam alterações nos exames de imagem (Raio X, tomografia e outros). Porém, estas alterações só têm valor se houver um quadro clínico correspondente.
Caso surjam sintomas relacionados às alterações dos exames, um especialista poderá dizer se a doença necessitará de tratamentos mais complexos.
2 – Toda cirurgia de coluna exige grandes cortes.
MITO – Vários procedimentos, hoje em dia, são minimamente invasivos, com inúmeras vantagens de recuperação, com redução de dor crônica, menor sangramento intra-operatório, menor de risco de infecção e alta hospitalar mais breve.
3 – Cirurgias de coluna requerem longo período de recuperação
MITO – Na grande maioria dos casos, o paciente é liberado para andar no mesmo dia ou no dia seguinte da cirurgia. A restrição maior é não carregar peso e não abaixar. As atividades sociais e laborais são liberadas entre 7 e 30 dias.
4 – O processo de recuperação pós-cirúrgica é tão importante quanto o procedimento para os resultados do tratamento.
VERDADE. Devido a sensibilidade e necessidade de cicatrização, é preciso seguir as recomendações médicas com precisão, inclusive sobre os retornos de consultas, para não comprometer o procedimento realizado.
5 – Após operada, a pessoa não terá mais a autonomia de antes.
MITO – A cirurgia, quando bem indicada e realizada, tem exatamente a função de devolver ao paciente a autonomia de antes. O tipo de doença e seu estágio é quem vai determinar o maior ou menor sucesso do procedimento.
Atenção: Nenhum conteúdo informativo por este canal tem o intuito de substituir a consulta médica.