A escoliose é considerada um desvio anormal da coluna vertebral, para o lado esquerdo ou direito do corpo, e pode ter diversas causas: congênita, neuromuscular ou idiopática, quando não há uma razão bem definida. No entanto, seja qual for a origem, maus hábitos de postura podem favorecer ou agravar o problema.
O sedentarismo em geral, as muitas horas em frente à televisão, computador ou videogames, a sobrecarga da coluna com excesso de peso – como mochilas escolares, malas ou carregando caixas -, o uso excessivo de salto alto, bem como a realização de atividades físicas sem os cuidados de postura, são alguns dos fatores que contribuem para causar ou intensificar dor na coluna lombar. O problema é que isso que pode agravar sintomas da escoliose, principalmente em pessoas com mais de 18 anos.
Como surge a doença
Em quadros congênitos, ocorre de o paciente nascer com uma vértebra mal formada, parcialmente inclinada, acarretando fraqueza na musculatura da coluna vertebral.
Embora não haja desconforto ou dor na maioria dos casos, podendo ser controlado com a reeducação postural e uso de coletes, o distúrbio pode se apresentar de forma mais grave, fazendo necessária a cirurgia.
Quando o grau da curva é acima de 40 graus, há grande probabilidade de progressão, principalmente em indivíduos jovens que ainda irão crescer. Outro fator importante é o aspecto estético, uma vez que a inclinação pode ser muito visível e promover interferências emocionais na saúde do adolescente.
Como identificá-la?
O diagnóstico da escoliose é inicialmente clínico. O médico pede para o paciente inclinar o corpo para frente até que o tórax esteja paralelo ao chão, e assim visualiza as diferenças laterais. Outras alterações vistas no exame são a assimetria dos ombros e a distância do braço para o corpo e/ou dos quadris. Após, solicita-se um exame de imagem para confirmação do grau do desvio.
Tratando a escoliose
Adultos que já tinham a escoliose desde a adolescência podem ter dores leves ou muito intensas na coluna, o que às vezes demanda um procedimento cirúrgico. Entre as técnicas disponíveis, indicadas de acordo com a idade do paciente, a mais comum é a artrodese.
Neste método, as vértebras passam por uma fusão com o uso de parafusos, a fim de reduzir o desvio e obter o melhor alinhamento possível da coluna. Além disso, pode ser necessária antes ou depois do término da fase de crescimento.
Em casos não congênitos, é possível conter e prevenir a doença com o fortalecimento muscular e a prática de atividade física. Mas vale lembrar que tais medidas não são suficientes frente a continuidade dos hábitos ruins, que devem ser corrigidos.