Data chama atenção para os acidentes de trabalho que podem lesionar a coluna vertebral
No dia 27 de julho é comemorado o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho, data que simboliza um marco histórico na luta dos trabalhadores por melhorias nas condições de segurança e saúde no trabalho.
Segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de um total de 2,34 milhões de mortes em trabalho a cada ano, 321 mil se devem a acidentes. As restantes 2,02 milhões são causadas por diversos tipos de enfermidades relacionadas ao trabalho, o que equivale a uma média diária de mais de 5.500 óbitos. Dentre os acidentes não fatais, que geram lesões de parciais a graves, a coluna vertebral aparece com destaque, levando muitos trabalhadores a se afastarem de suas atividades.
Algumas funções são consideradas de maior risco de acidentes para a coluna, como aquelas executadas por motociclistas, caminhoneiros e motoristas em geral, carregadores, trabalhadores da área da construção civil e até esportistas profissionais que praticam atividades de alto impacto.
A área comumente mais afetada nessas ocorrências é a cervical e a torácica, sendo a primeira mais suscetível à gravidade em razão de sua mobilidade e possibilidade de atingimento do sistema nervoso, bem como do rompimento da medula. Já as lesões localizadas na região mais estável da coluna, a baixo lombar, costumam apresentar menor gravidade.
Acidentes afetam até mesmo atletas
Dois exemplos de acidentes lesionando a coluna ocorridos com esportistas, com proporções diferentes, são o jogador de futebol Neymar Jr. e a ginasta Laís Souza. Com uma lesão no processo transverso, anexo do eixo central de coluna, ele precisou de um tratamento que basicamente se baseia em medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, além de colete para imobilizar a área afetada. Já Laís, que sofreu um grave traumatismo da medula quando treinava para as Olimpíadas de Inverno em Sochi, ainda hoje necessita de procedimentos mais complexos.
O tratamento depende do nível da lesão da coluna, podendo ser realizada cirurgia reparadora de diferentes níveis, visando, ainda que não a volta dos movimentos do paciente, a estabilização da sua coluna para melhor qualidade de vida.
Independente do caso, há a necessidade de reforçar a prevenção dos acidentes, através da medicina do trabalho e itens de segurança orientados para a execução de atividades de risco de quedas e ferimentos. Vale também o bom senso e cuidados com a coluna e postura em geral, mesmo para aquelas atividades leves, mas muito repetitivas, como ficar de pé ou sentado por muitas horas. Mesmo que elas não apresentem risco de acidentes, em longo prazo podem causar desgaste e agravar problemas já instalados.